A letra da música não é para ser imiscuída em questões geopolíticas atuais sobre o Estado de Israel. Ela universaliza uma passagem de um contexto particular, que por si própria levanta o problema universal, e toca ácidamente nas concepções de religião como um anestésico, um chá tranquilizante, que nos deixa acomodados e dá harmonia à sociedade. E o que é pior, quando se transforma numa ideologia chauvinista para grupos, povos, instituições. O "Israel" do texto poderia ser transposto hoje à toda a família humana.
Tradução livre:
Se tivesses uma vinha
em um monte frutífero
E o cercasse e o limpasse
de até todas as pedras
Plantarias nele
com a mais seleta videira
E construirias uma torre
e uma prensa para fazer o vinho
E acharias que iria produzir uvas doces
e ele desse somente uvas selvagens?
O que dirias?
Jerusalém e Judá
Sede os juizes para quem eu apelo
Entre mim e minha vinha.
Isto é o que o Deus diz.
O que mais eu poderia ter feito
Que eu não fiz no vinhedo ?
Por que quando eu o pedi por doçura
Traz somente amargura?
Pois a vinha do Senhor dos Exércitos
é a casa de Israel;
E os homens de Judá,
Seu jardim de delícias.
E Ele procura por justiça mas contempla opressão
E espera pela igualdade mas ouve um pranto.
Jerusalém e Judá
Esta é resposta de Deus.
A desgraça virá àqueles que acumulam casa sobre casa
Que ajuntam campo sobre campo
Até não deixar lugar para ninguém
Mas habita na terra,
Oh na terra!
E a desgraça virá àqueles que chamam o mal de bem
e o bem de mal
Quem apresenta trevas como luz e luz como trevas
Quem apresenta como doçura
as coisas que são amargura.
Pois a vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel
E os homens de Judá, seu jardim de delícias.
Oh! Que meus olhos eram uma fonte de lágrimas
Que eu pude chorar pelo meu povo pobre
Para todas as botas carimbadas com violência,
Para cada manto enrolado no sangue
Jerusalém e Judá,
Eu ia chorar se eu pudesse.
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