2 de julho de 2011

Jesus de Nazaré nos escritos de Paulo


Não temos materiais diretamente relacionados a Paulo sobre como se dava sua evangelização cristã em primeiro momento; também não temos como entrever o que seriam as catequizações cristãs, e como seriam homilias e pregações cotidianas do “apóstolo dos gentios”. Suas cartas também não foram escritas com o objetivo de serem teologias sistemáticas.

Eram movidas por motivos de circunstâncias e problemas que atingiam as comunidades, e necessidades imediatas do apóstolo ao passar por lá ou requerer algo ou uma atitude específica delas.

Neste ponto, podemos entender porque praticamente não aparecem narrativas sobre Jesus e seu ministério entre nós, mas na maioria das vezes, interpretações sobre o significado do “evento Jesus Cristo”. Contudo, ele nos dá umas pistas; confiramos:

Tradição da “Ceia do Senhor” – 1 Co. 11,23b-25
“(...) na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e disse: ‘Isto é o meu corpo, que é para vós; fazei isto em memória de mim’. Do mesmo modo, após a ceia, também tomou o cálice, dizendo: ‘Este cálice é a nova Aliança em meu sangue; todas as vezes que dele beberdes, fazei-o em memória de mim’ “.

A Tradição do credo de 1Co. 15,3b-7:
Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras. Foi sepultado, ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituas. Apareceu a Cefas, e depois aos Doze. Em seguida, apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma vez, a maioria dos quais ainda vive, e enquanto alguns já adormeceram. Posteriormente, apareceu a Tiago e depois a todos os apóstolos”.

Quando se cumpriram os tempos determinados, Jesus de Nazaré nasceu – Gl 4,4; na “semelhança da carne pecaminosa” – Rm.1,3; oriundo da tribo de Davi – Rm. 15,3. Se fez pobre por nós  - 2 Co. 8,9.

Temos um eco do clamor e angústia de Jesus no Getsêmani em Rm 8,15.

A mansidão e bondade que Jesus demonstrou ( 2 Co. 10,1; Rm. 15,5; Fl 1,8) norteia a ética social dentro das comunidades cristãs.

Tudo isto nos dá indícios de que Paulo pressupunha que as comunidades para as quais dirigia seus escritos conheciam narrativas sobre a pessoa história de Jesus e os cenários e personagens a ela relacionados.

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