19 de abril de 2012

Contra o narcicismo

(...)
Oh, nós que sequer podíamos exalar
         Um tíbio suspiro quando ouvimos 
Pulsar a cupidez em nosso próximo e o fogo no vizinho
Mas aninhados e gemebundos na parede azul do céu
Vertemos agora uma lágrima imensa pela queda quase ignorada,

                   Pelo declínio dos lares,
                   Que não amamentam nossos ossos,
                   Nossa genuína poeira de estrangeiros
          Nem as mortes indômitas de uns poucos a quem jamais encontramos,
          Cavalgar através das portas de nossa casa inviolada,
                    Vemos agora, solitários em nós,
Exilados em nós mesmos, despertarmos o tenro,
Desenfreado, indefeso, sedoso e áspero amor que despedaça todas as rochas.

Em "Houve um Salvador". Do livro Mortes e entradas - Dylan Thomas.

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Pintura: Fin de Trayecto - Juan Genovés  

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