Oh, nós que sequer podíamos exalar
Um tíbio suspiro quando ouvimosPulsar a cupidez em nosso próximo e o fogo no vizinhoMas aninhados e gemebundos na parede azul do céuVertemos agora uma lágrima imensa pela queda quase ignorada,Pelo declínio dos lares,Que não amamentam nossos ossos,Nossa genuína poeira de estrangeirosNem as mortes indômitas de uns poucos a quem jamais encontramos,Cavalgar através das portas de nossa casa inviolada,Vemos agora, solitários em nós,Exilados em nós mesmos, despertarmos o tenro,Desenfreado, indefeso, sedoso e áspero amor que despedaça todas as rochas.
Em "Houve um Salvador". Do livro Mortes e entradas - Dylan Thomas.
Pintura: Fin de Trayecto - Juan Genovés
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